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quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Disseram-me outro dia que pra se escrever é preciso apenas um pouco de inspiração... pode-se escrever as mais belas palavras inspirado nos olhos coloridos da garota que foi vista no trem. E sendo assim, porque não escrever sobre você? Porque não escrever sobre alguém que veio de uma hora pra outra, do nada e que deixou um aroma adocicado no ar? Ainda é cedo demais pra dizer sobre os gostos, ainda é cedo demais pra me remeter e declarar qualquer sentido, mas ouso falar que se andares vindo mais vezes, existirão "coisas escritas" sobre ti bem aqui, nesse meu velho diário de notícias desimportantes. Quero que venha, que venha logo. Pra poder tirar esse texto do rascunho e lhe mostrar que desde agora você despertou uma parte especial de mim... Volte logo, viu? Eu acho que gostei demais de você..

Teu rastro

Posso ainda sentir o teu cheiro, ouvir teus passos, tuas palavras. Posso ouvir tua respiração lenta, calma, de quem muito tem a contar. Posso acordar esperando te ver, para te abraçar e te dizer num largo sorriso sobre o meu amor. Eu posso ainda ouvir teus suspiros encantados e seus elogios de orgulho. Sei bem como seriam as frases saídas desses lábios finos, pois fui acostumada a ouvi-las. Eu ainda tenho o teu rastro em todos os meus sentidos. Ainda sei como era a maciez de tua pele, o som da tua voz, a temperatura dos teus abraços. Eu ainda posso te imaginar na janela, nas escadas, no sofá, na minha vida inteira. 

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Três minutos


Começou arrepiando pelo por pelo. Um minuto. Já tinha todo o corpo tomado por fantásticas ondas de prazer. O olhar que ele a dirigia tinha um tom de incentivo que a atraía de uma forma que nem ela poderia explicar. Ele estava estava ali para ela... só para ela, e dessa forma a envolvia em seus fortes e macios braços. Sorriam um para o outro sabendo que aqueles momentos seriam guardados em um lugar chamado para sempre. Dois minutos. Ela o olhava implorando um socorro que só ele poderia dar. Aquelas mãos quentes e suaves roçavam em sua pele fazendo-a dançar junto a ele naquela pequena cama. Ele suava, ela se entregava.
E então uma grande explosão.
Sem barulhos, apenas contorções. A distância não mais existia. Ela agora passeava pelo universo a se esgotar no mais delirante orgasmo. Três minutos. Voltou cambaleante abrindo os olhos devagar. Ele a observava delirar com uma expressão de amor e afeto que a dominou com padrões que ela nunca iria encontrar. 

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Arritmia


É como se o mundo tivesse parado, e com ele o tempo. A tristeza e o luto foram depostos. Agora tenho espaço de sobra para abrigar uma enorme alegria que bateu em minha porta implorando proteção.
É estranho meus verbos se esconderem por trás de toda essa felicidade, mas não reclamo. Não encontro dificuldade em me acostumar com coisas belas.
É bem bonito ver o coração a fazer lindos números de sapateado em meu peito quando te vejo chegar. E nem que eu volte a escrever mil versos, nem que eu acompanhe a mais bela canção, nem que eu prepare a festa mais bonita eu vou conseguir expressar você em meus dias, em meus sorrisos. E, por isso, eu só posso pedir pra que continue a roubar meu fôlego com sua voz que toma todo o ambiente. Eu só posso pedir que continue a me envolver em seus braços de forma doce e carinhosa. Eu só posso pedir para que continue aqui a me fazer sorrir com as coisas mais lindas e simples, com sua forma suave de não gostar, confessar e confiar. Eu só peço que continue a deixar meu coração numa mistura louca de histeria e calmaria, enquanto eu pincelo o céu nos mais bonitos tons para você.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Macadâmia




O dia mal amanhecia e a fé de Maria triplicava.
O nome era forte como ela, Maria das Dores... Maria das flores, Maria das cores.
Maria nasceu com dons maravilhosos. Nasceu com o dom de amar, de acreditar, de cuidar, de doar. Passou de vida em vida com seu coração aberto levando a felicidade e a serenidade.
Era uma força suprema dessas que vento algum derruba. Mas, tendo Deus como seu melhor amigo, o que nesse mundo a poderia desamparar?
Decidida, honesta, fiel, amiga... Maria também era birrenta, fazia bico, virava os olhos. Não deixava ninguém entristecer os seus queridos. Maria era a advogada de tudo o que amava.
A vida lhe foi generosa... a ela foram proporcionados grandes anjos da guarda. Mas, nada mais justo! Deus cerca de cuidados as suas flores mais belas.
Engravidou-se do coração e, muito além de dar a vida, cuidou e transformou duas meninas em grandes mulheres. Através de seus exemplos e carinhos, Maria nos deixou um imenso tesouro... Maria nos deixou a continuação de seus trabalhos, de seus exemplos... Maria nos deixou dois pedacinhos de seu grandioso coração, suas filhas, Nilva e Telma.
As suas manias, as suas palavras, o seu colo, as suas risadas e abraços eram inigualáveis. Maria, em sua forma mais bonita, multiplicou-se e se instalou no coração de cada pessoa que teve o prazer de conhecê-la.
Hoje o “das Dores” é nosso, Maria. Hoje a saudade dos seus olhinhos apertados e sorridentes calam o nosso peito. Hoje, sentimos uma imensa saudade do seu cheiro de macadâmia e erva doce fazendo música pelo ar.
Hoje, mais do que nunca, temos certeza de que o seu amor foi infinito e belo. Hoje, sabemos que nos escuta daí, descansando ao colo do Pai. Hoje sabemos que o céu está em festa e que o jardim de Deus está mais colorido e belo.
Hoje continuaremos seus passos, hoje aumentaremos a nossa fé.


terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Alaranjado


Não há nada de amor a escrever, não houve poesia.
De repente se viu de saltos azuis, estava quase nua naquela sala.
No reflexo do espelho, via uma mulher bonita pela primeira vez. Via uma mulher sem medo, calma, determinada. Uma mulher que sabia que não seria ali, mesmo quando o corpo dele provocava. Fez tudo que pareceu lhe apetecer, dançou.
Em poucos instantes, já não via nada além de uma cor intrigante. Roçou no corpo dele, dançou por entre os móveis, mudou de lugar. Correu os olhos e as mãos por todas as partes, que eram sempre da mesma cor. 
Mais tarde, percebeu que aquele tom não chegou a cativar, e que o abraço não a prendeu. Se viu correndo, mas sem saber porque. Esperou mais um pouco, queria ouvir. O ruído da voz que ele não tinha, não a agradou. Ela esperava mais dos carinhos e olhares.
Se viu ali, de saltos azuis, quase nua naquela sala... mas apenas viu a si, tão bonita e doce, que contentou-se com os seus próprios olhos sorridentes refletidos, e entendeu que poderia dançar e amar o quanto quisesse, se aquilo a tornasse verdadeiramente mulher.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

O dia seguinte


Colocava aquele nariz colado no meu. Abraçava forte, roçando todas as partes, passando as mãos nos cabelos, me fazendo sentir o salgado de suas lágrimas caminharem pelo meu rosto até mergulharem na minha boca sempre semi aberta, respirando com dificuldade. Aquele era o seu jeito puro e sutil de consolar. Esquecia seu calor na minha pele, e soltava suas palavras soluçantes. Queria que eu sentisse seu coração acelerado de todos os dias, de todas as tardes, de todas as manhãs azuis. Colava em mim a sua graciosa máquina de dizer muito, e muito rápido. Me puxava pela mão quando as nuvens formavam imagens bonitas no céu e fazia promessas de pra sempre.
Hoje é o dia seguinte dos nossos tão tão felizes quatro anos, e o que se tem são os restos... Os resquícios de suas mãos, do seu calor, do seu olhar e lágrimas. Você foi em um dia assim e não mais voltou. E agora não existe mais a sua doçura em dizer muito, e muito rápido. Não existe mais o seu correr a ver as nuvens das manhãs azuis. Não existe mais o teu abraço apertado que me invadia a alma... não existe mais você em minha vida.
Hoje é o dia seguinte... um outro dia em que não terei você.

domingo, 13 de janeiro de 2013

E ler os textos agora é como não acreditar no próprio sentimento, é carregar culpa e um tanto de saudade. As palavras possuem uma força estranha, e quando ditas de forma inesperada, ferem. Eu esperava, esperava um pouco mais. Não um pra sempre, mas talvez um "eu te levo até em casa". Eu sinto saudade da gentileza, das palavras macias e dos abraços demorados, embora nunca tenham existido.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Olá!


A tua solidão instiga minha saliva, meu corpo e minha alma. É uma vontade aguda de ouvir os teus gritos calados toda vez que te vejo passar. Mas passar aonde, se ninguém nunca antes te viu? Talvez você seja só mais uma parte especial de algum sonho. Uma fantasia de ser perfeito, ou alguma miragem vinda daqueles corredores desertos.
A vontade é de pular, mergulhar, navegar em meio aos teus cabelos compridos e lençóis. Me encontrar em ti, e finalmente ouvir o teu verbo nunca antes escutado. Tenho vontade de ser a única a sentar ao teu lado nesses dias de chuva, e finalmente entender o motivo desse teu olhar assustado. Tenho vontade de seguir teus passos e invadir seu mundo, sua vida, sua mente... enquanto daqui te aguardo, dizendo "olá".

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Maria do Carmo


6 de dezembro de 1924. Mais um choro, mais uma vida. 
Ali nascia Maria do Carmo, a terceira filha de Madalena, que era a cozinheira analfabeta que havia fugido de casa para viver sua grande história de amor com Osvaldo. Eram felizes vivendo ali, no sul de Minas Gerais. 
Maria do Carmo cresceu, apaixonada pela vida e pelo vermelho. Frequentava todas as missas de domingo e fazia promessas todos os anos durante a semana santa. Levava uma vida feliz. Aprendeu a ler, escrever e fazer contas. Queria ser professora. 
Andava a cavalo para poder sentir os ventos nos cabelos e nunca teve paciência para bordar seus vestidos.
Os anos foram passando e, com isso, veio Antônio, com quem se casou. Desse amor, vieram seus sete filhos e doze netos. De início, a casa enchia em todos os finais de semana. Depois, só nos natais... mas tudo mudou quando dona Madalena faleceu devido a uma parada cardíaca. 
A casa não enchia mais, Antônio adoeceu. Maria do Carmo descobriu a diabetes e, quando menos esperava, o seu mundo perdeu a forma e as cores. A falta de visão não a permitia mais enxergar o vermelho. A tristeza, acompanhada de alguns tumores, levou o Antônio para longe de seus cuidados. 
Agora, Maria do Carmo passava as tardes na companhia das musicas românticas do seu tão querido "Rei Roberto Carlos". Nenhum de seus filhos ou netos havia aparecido naquele mês. Ela só queria vê-los crescidos, ou senti-los quentes... mas já não podia. 
Foi quando, em uma dessas tardes, em outubro, aos oitenta e sete anos, voltou a enxergar. E, no final de todas as incríveis formas e cores, viu Antônio, junto de seus pais e irmãos tão amados. Maria do Carmo havia voltado a ver o vermelho... Maria do Carmo havia morrido.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Sobre a solidão

Usava seu chapéu e, por mais que desconhecesse, ainda tinha todo seu charme. Nos pés levava sempre seu sapato social. Os resultados dos exames não estavam tão bons, passou a tarde toda pensando nisso. Catarata, osteoporose, perda de audição e memória, problemas de digestão e outras coisas que não conseguia nem mais enumerar. Havia sentado no banco da praça sozinho pra poder olhar o relógio e ver minuto a minuto passar. Não tinha mais pressa alguma, mas tinha medo. Nunca tivera tanto medo da morte como agora. No auge dos seus 86 anos estava pela primeira vez com medo, e se pegou rindo disso. Já havia superado suas expectativas por aqui, já havia passado por muitos problemas e vencido todos. Já havia perdido muitos dos que amava e agora andava se sentindo só. Seus filhos estavam sempre muito apressados, e seus netos sempre vidrados na frente do computador ou videogames. Pensou que se pudesse abortar algo do mundo, seriam essas tecnologias interativas.. tinha certeza de que eram elas que faziam seus netos esquecerem de pedir a benção ou então visitá-lo vez ou outra. Gostava de sair e sentar naquele mesmo banco de sempre. Dali tinha uma visão ampla da avenida mais movimentada da cidade. Não deixava de ir a igreja nos domingos e sempre pedia pela alma de sua falecida e tão amada esposa. Mesmo depois de tantos anos não se conformava por ter perdido aquilo que costumava chamar de "sorte grande". Sua mulher havia sido sim o grande amor de sua vida, e quando pensava nela com essa doce nostalgia, esboçava sem perceber o maior dos sorrisos no rosto. Queria estar ali, ladeado por algum de seus netos pra contar sobre suas histórias de muitos anos atrás. Começava a escurecer, lembrou-se do remédio das 6. Havia uma semana que não se lembrava de tomá-lo, pensou se aquilo era um grande problema, mas logo deu de ombros. Já não tinha mais tempo para essas preocupações. Continuou ali por mais alguns minutos reparando em como essa "outra geração" era apressada. Se sentiu na contramão do mundo sabendo que podia ficar sentado ali contando minuto por minuto sem ter que sair correndo para pegar a próxima condução. Foi embora quando já era noite, acompanhado por sua bengala, no seu passo mais lento.

sábado, 1 de setembro de 2012

Lua azul

Era noite de lua azul. Não sabia o que aquilo significava, mas poderia ser um sinal. A lua estava radiante, e ela, por algum motivo olhou pro céu iluminado suplicando por sorte. Não sabia muito bem também se o que precisava era sorte, mas mesmo assim pediu. Por um instante se repreendeu por estar fazendo aquilo, foi instintivo. Ela nem nunca havia acreditado em sorte. Deixou aquilo de lado e continuou caminhando. Queria algo pra sentir aquela noite, nem que fossem os ouvidos doendo por causa das músicas que iria colocar no último volume. Andava apressada no compasso da música violenta que havia colocado para tocar. Todos a olhavam, o som estava tão alto que quem estivesse num raio de cinco metros conseguiria escutar a música, mesmo ela estando com fones de ouvido. Foi sibilando o refrão gritado pela rua, sem saber muito bem para onde ia. "GET INSIDE, GET INSIDE MOTHERFUCKER". Sabia bem que a música não combinava com a noite que fazia. Pensou que talvez devesse mudar para alguma música da sua lista de prediletas da MPB, mas isso não faria sua cabeça dar um nó como aquela música que tocava fazia. Estava quase correndo, sem rumo. Não sabia para onde iria, já havia percorrido toda a lista da agenda do celular e não havia encontrado ninguém que pudesse acompanhá-la. Se sentia mais sozinha que nunca e isso só fazia aumentar aquele vazio que trazia no peito. Lembrou-se de todas as pessoas que queria ter perto de si, pensou no que cada uma poderia estar fazendo e se perguntou se sentiam falta dela... só conseguia pensar que não. Talvez fosse esse seu lado sempre negativo que a fizesse ficar tão sozinha. Queria alguém para compartilhar comentários sobre a lua, que não era azulada, mas era a mais bonita que havia visto. Queria voltar no tempo, reviver suas conquistas prediletas. Não aceitava ter crescido tanto no último ano. Estava alta, com um peso a mais de responsabilidades nos ombros. Tinha os mesmos medos de quando era apenas uma criança. Não sabia bem o que era, muito menos sabia como se sentir. Apertou ainda mais os passos, até que tomou um impulso maior. Queria correr, queria muito fugir. Teve a sensação de que correndo poderia se sentir mais leve. Em um segundo houve uma explosão, seu rosto estava todo molhado, apenas sentia suas lágrimas salgadas rolarem pelo pescoço e cabelos. Se sentia fraca, totalmente fraca, embora com uma música terrivelmente forte aos ouvidos. Estava correndo, fugindo... mas de quê? Não conseguia pensar, muito menos entender o porquê de tudo aquilo. Talvez devesse aceitar que aquilo era ela, que aquele vazio que trazia no peito era algo quase que genético. Não se sentia culpada pelos amores que amou errado, nem pelos amigos que lhe escaparam dos dedos. Parou. Respirou. Enxugou as lágrimas do rosto totalmente borrado pela maquiagem desfeita. Mudou a música. Começou a sentir que deveria aceitar aquela melancolia e cuidar bem daquele furo no peito. Olhou pra lua, agradeceu. Não havia tido sorte, nem a falta dela. Havia conseguido compreender, em meio aos seus soluços e sentimentos que aquilo era tudo o que era. Fechou os olhos e sentiu que poderia sim ser tudo que bem entendesse. Sentiu que tudo o que precisava era de si em um único estado: feliz.

domingo, 26 de agosto de 2012

Sermos um..

Nunca faltou-me imaginação. Nesse momento estou com a boca tremendo no teu pescoço que sua. Nunca senti tanto, tanta vontade. Estou olhando dentro dos teus olhos e agora sinto que era aqui mesmo que deveria estar. Psiu, deixe essa janela aberta.. deixe a chuva entrar aqui e nos molhar... Meus cabelos grudam no teu peito nu, e minhas mãos passam contando suas costelas aparentes pela camisa desabotoada. Te arranho, te beijo desesperada. Eu te quero hoje! Eu te quero sempre! Sabe o que é? Eu vejo amor na gente, e isso me faz ter vontade de colar ainda mais em você. Tire a minha roupa, vai... hoje é o nosso dia! Podemos fazer um brinde a nossa distância, reduzida aos poucos centímetros que estou de você, que logo serão milímetros, que logo não existirá.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Presente melancolia

Quando menos percebi estava aqui, chorando, outra vez. Ouvi dizer que as ruivas tem uma tendência melancólica, e não sei de onde tiraram isso. Mas aquele buraco no peito tá em carne viva. Sem motivos ele infeccionou, mesmo com tantos cuidados ele voltou a sangrar nessa noite. Talvez amanhã cedo ele já esteja voltando à sua forma pequena e imperceptível... ou talvez isso dure mais uns dias.. não sei se me importo. Acho que é esse tempo seco, sem chuva. Não vem nada, nem sol, nem chuva, nem frio. Está tudo intacto, mas as presenças estão se tornando cada dia mais raras, mais invisíveis. A melancolia que te afetava passou pra mim, mas só veio dar sinais agora. As noites são longas quando a mente está vazia. Quando se percebe um pensamento, ele é só vontade ou poucas vezes saudade... daí ele foge, sai da cabeça e corre pro peito, e eu fico assim, sem ter como ir ou voltar. Sem ter como saciar esse desejo de passado e futuro que tenho ao mesmo tempo... quero voltar e te resgatar dessa torre mais alta desse castelo pra gente viver ali na frente o futuro que andei planejando pra nós. Quero te ver num cavalo branco, na sua beleza matinal, meu bem. Eu quero saciar esses desejos que ficam em mim e não me deixam viver o aqui e o agora. Eu quero deixar de lado essa total melancolia que me atingiu, eu quero o tempo quente, com fogos de artifício. Eu quero.. eu quero muito você aqui, outra vez...

terça-feira, 31 de julho de 2012

A falta que não faz...

Esse não-alguém é vazio. É estranho senti-lo assim depois de tanto te-lo desejado. É estranho mesmo esse "tô nem aí, cara", porque pela primeira vez ele é real. A importância cessou, e não me deixou muita coisa. Estranhei sentir uma vontade careta de ter companhia pro cinema hoje. Estranhei lembrar depois de tanto tempo sem alguma referência. O que foi que houve? Eu achei que não te esqueceria. E o amor, cara, ele era palpável! Eu não dava conta de deixa-lo de lado pra ir ali na padaria. Mas o que houve com ele? Acho estranho o não sentir saudades, o estar só, completamente só e mesmo assim inteira. Acho estranho sentir vazio depois de tanto cheio. Acho estranho esse não querer-te mais, acho muito estranho esse "não amar-te mais".

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Flor...

Sobre essa história de "reta final" ficam náuseas, dores agudas e torturantes que dão vontade de cair de joelhos ao chão, roçar a cara no mármore frio para tentar esquecer. Sobre essas taxas altas e históricos ruins fica uma certeza que invalida a alegria da alma. Sobre essa flor encantada do mais belo ramo fica o medo. Fica a angustia, o sofrer, o não querer deixar, o querer voltar atrás. Fica a vontade de construir gigantescas máquinas do tempo e nos enfiar nelas, flor. Eu, você e todos os teus amores. Fica a vontade de estar lá e não ver tuas pétalas a murchar. Deitar em teu colo, respirar teu aroma delicado do campo. Fica a vontade de ter a cura pras tuas pétalas,ter a cura pro teu caule, pras tuas folhas. Fica a vontade de te levar pra ver o mar! Ficam dúvidas e dores... não me deixe nunca, querida flor.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Estou louca pra te ver chegar...

...estou louca pra te ter nas mãos, pra te ter nos dedos, pra ter ter no olfato, nos ouvidos e ainda mais no peito. Estou louca pra ter o coração saindo pela boca e a estranha sensação de ver os olhos verdes metidos a besta. Estou louca pra poder chegar. Estou louca pra me sentir presa no abraço, nas mãos, nos dedos. Estou louca pra estar no olfato, nos ouvidos e no peito. Estou louca pra ser a menina, estou louca pra ter o rapaz, o meu rapaz. Estou louca, e simplesmente isso. Louca pelo jeito, pelas palavras, pelas histórias. Louca por um futuro nada certo e muito bem porém, perfeito. Estou louca por isso, pra isso, com isso. Você veio na hora certa né? Veio pra isso, pra me deixar assim, ainda mais louca, totalmente louca por ti.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Sobre o tempo que se foi...

O problema é essa alma, é essa alma-dor tão e tão dolorida que até soa na carne, no verso, no peito. Dói até refletir esse muito nos ossos, na pele, nos fios de cabelo. Dói na musica que se ouve e na cena que se vê. Dói uma dor aguda, fina e forte. Uma dor irreversível dos anos luz de desapego. Dói uma dor de não brincar nos cabelos loiros, de não correr no porão, de não saber dos recém-cheiros-cores. Dói. Essa dor que dilacera é de Nick, de cadeiras, quartos e corredores esquecidos na lembrança. Só, só e só lembranças. Agora são quartos e corredores repintados e reformados e ouso imaginar-me por lá... mas é só, me imaginar por todos esses anos a correr naquele quintal, naquele sótão, naqueles cabelos loiros... Imagino e me estraçalho por não ter podido fazer nada quanto a areia da ampulheta que corria contra meu favor. Dói não ter percorrido cada vinco da face, cada história talhada nas rugas, nas mãos, no peito. Dói...

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Vontade sua.


Acordei com a vontade de ter e estar com um e outro que me passa na tua ausência. Vontade das coxas grossas ou da voz sussurrante. Vontade dos olhos negros e doces que olham com demora... Vontade do hálito de menta, atração pelas mãos que deslizam e sorriso de canto de boca. Eterna sede dos cabelos jogados e mordidas. Vontade da fronha azul... de nela deitar e observar vestir a roupa, vontade de rir com o cigarro aceso logo depois de uma ou outra respiração mais alta. Vontade não só do corpo, vontade aguda da alma entregue. Vontade dos dias em que o sorriso no portão era cativante, vontade de quando as mãos descobriam tamanho afeto. Vontade de culpá-lo pelo esquecimento, pelo atraso. Vontade de estarmos aqui, sem faltas, sem compromissos. Eu e qualquer corpo, qualquer sorriso que passe e ouse me lembrar alguma característica que me soe tão sua. Vontade de arranhar, de quebrar, de apostar. Vontade de ter aquilo que era, mas não é mais meu. Vontade de te roubar e ser sua, eternamente sua. Sua garota de olhos gateados, sua garota de todas as horas, sua garota envergonhada, sua mulher de desejos, sua... e somente sua nessa noite fria.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Sobre mim.

Nos últimos meses as belas musicas cansaram meus ouvidos e acabaram soando como gritos amedrontados. Por isso perdi o costume de ouvi-las e senti-las.
A procura é ainda mais torturante quando acontece num total silêncio e escuridão. E são nas noites longas que crio coragem para ir tateando as paredes úmidas a procura da saída. Não sei até que ponto conseguiria aparecer com meu rosto pálido e cabelos desgrenhados por aí. Não sei até que ponto conseguiria dizer sobre minha doença e amargura. Não sei se aceitaria outro cão guia para me levar ao fim disso.
O início e o meio não justificaram o fim, e não há sinais nas esquinas. É apenas o senso de direção praticamente perdido que me faz dar passos trêmulos, e a chuva que me embriaga dando-me coragem para continuar.
É o que se ganha na perda: perde-se o prêmio principal, mas ganha-se o prêmio de consolação. A parte que todos rejeitam, mas, que sem querer, eu aceitei e acabei prendendo em mim. Agora se eu solto essa escuridão e tristeza, fico só de tudo! E hoje não perguntarei o que faço se ficar só, porque não obtive resposta das outras muitas vezes.
Então fica assim... eu continuo cuidando e cultivando esse sentimento que me destrói, eu continuo caminhando pelas noites escuras à caça de alguma saída. E, no mais, isso fica por aqui... sem que ninguém se interesse em ler, sem que ninguém ameace aparecer. Sem que nenhuma música volte a tocar...

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

1, 2, 3...

Essa sou eu dizendo pra não chorar. Aqueles olhinhos gateados brilhando sem felicidade, brilhando por lágrimas. Essa sou eu desesperada por ter quem eu amo no chão. Essa sou eu enfraquecida de dor, sem força pra levantar-me, sem força pra levantar-te.
Diga-me, garota.. o que faço agora? Se ser ouvidos não te salva, se minhas palavras não te entorpecem a ponto de dar-te amnésia? Diga-me o quanto devo apertar esses teus ossinhos no meu abraço para que eu te conforte, para que essas lágrimas sequem. Me ajude a descobrir qual é o botão que aperto para voltarmos no início feliz.
Eu quero aquele dia no cemitério, para te ajudar a enterrar toda essa angustia infernal. Eu quero qualquer momento em que o seu sorriso seja inteiro, e que suas palavras rápidas sejam todas feitas da maior felicidade. Não nego que te quero assim por egoísmo, por pura vontade de me sentir fascinada com teu sorriso.. então, cure-se, benzinho. E me sorria aquele largo sorriso de manhãs cinzentas, ou cante músicas alegres de dias ensolarados. Não esqueça-se do mundo que ainda tens, nem das belezas que a cercam. Não deixe-se perder de tudo por ter perdido parte.
E saiba apenas que não te largo, que estarei sempre aqui desesperada procurando uma forma certa pra curar esse teu peito enfermo! Saiba que mesmo teu ar perverso de dor não me afastaria. Eu estarei aqui, até o meu ultimo dia quatro de fevereiro. Minha nana, minha amiga!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Estilhaços de medo.


Tem sido assustador não encontrar palavras, não encontrar formas e saídas. Tem sido desonesto sorrir com vontade de cair em prantos. Tem sido vazio.. mas isso não é uma novidade.
As palavras falham, embora sejam muitas na hora de voltar pra casa. As pessoas tem sido apenas cenário, já que não consigo mais me entender no meio delas. Tenho ouvido apenas ''não'' de todos os lugares, de todas as bocas. Tenho tentado correr por aquele caminho de sempre, mas ele não leva a lugar nenhum.. não mais.
O medo tem assoviado canções horripilantes em meus ouvidos, e o vento frio tem arrancado partes de mim. Não houve cor nessa primavera. Só vejo as folhas da árvore que tanto cuidei caídas pelo chão, sendo pisoteadas por estranhos distraídos. O outono veio com tudo esse ano, e o inverno foi ainda mais frio. Tornou aquele nosso campo verde e florido em um deserto pálido.. E na primavera, não houveram flores brotando pra dar vida. E em pouco tempo chega o verão, e me pergunto.. ele seria capaz de derreter essa pedra de gelo que há em meu peito? Ele seria capaz de me fazer parar de tremer? Ele seria capaz de trazer-me de volta minhas amadas borboletas?
Não sei, então resta-me apenas esperar pelo sol, aqui, encolhida na unica parte que ainda encontro intacta nesse meu mundo arruinado. Espero você bater em minha janela, sol. Espero por você, pra ter de volta um coração batendo e sangue correndo pelas veias. Espero pelo seu toque, pela sua alegria. Espero pela vida, pelos sorrisos, pelo calor dos abraços.
Anseio por você, alegria. Não tarde a voltar.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Depois...


E o tic-taquear do relógio nessa noite de domingo frio me lembra que talvez você apareça dentro de intermináveis quarenta e nove minutos.
Estive pensando bastante em você durante o dia. Na verdade, estive pensando bastante em você nesses últimos meses. Mas eu estava me encolhendo por detrás do escudo de ilusões que eu criei durante a minha outra batalha. Não adiantou muito, afinal sei que a decepção é inevitável. Então me rendo. Apenas isso: me rendo aos seus olhares, aos seus sorrisos, ao seu abraço, ao seu jeito, aos seus pedidos, a sua magia. Me rendo a você. Me rendo a tudo aquilo que eu evitei, mas que de uma forma improvável, veio até mim.
Quando abri os olhos hoje mais cedo, percebi que estou atrás da porta que disse que nunca iria entrar. É estranho o fato de que eu não sinta vontade alguma de sair daqui. Não é fácil deixar toda a dor pra trás, afinal, eu estava acostumada com a presença dela... por mais incômoda que fosse. Mas fico feliz por estar livre agora, pois posso lutar, me arriscar. Portanto, estou pronta para ir atrás de uma possível luta muito difícil. Não possuo mais medo de não retornar bem para casa, eu tenho apenas o medo de ficar aqui até a hora de vê-lo indo embora sem nada fazer. Eu não suportaria isso, sei o quanto dói.
Então agora vou vestir minha armadura, colocar no meu peito toda a coragem existente. E te mostrar que posso me arriscar a perder tudo, menos a sua presença aqui...
Porque eu te amo, e não aguentaria sentir novamente o frio de ficar sózinha.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

E ela então o esqueceu.


E não houve um dia em que ela não tenha sentido saudade, mas ao despertar nessa manhã ela pode sentir falta do semblante dele. Ela não sabia mais como eram aquelas mãozinhas que se mexiam pelo ar, não sabia mais como era o aperto que sentia na hora de ir embora.
Hoje de manhã, ao se espreguiçar, ela fechou os olhos e não conseguiu refazer o caminho para encontrá-lo. Ela não escutou o som da sua voz, nem se deparou com aquele sorriso que lhe fazia bem. Nessa manhã, ela se esqueceu de como eram fortes os braços que a prendiam. Se esqueceu do frio na barriga que sentiu ao vê-lo pela primeira vez. Se esqueceu de todos os carinhos, de todas as palavras, de todas as brincadeiras.
Hoje, pela primeira vez, ela não conseguiu se lembrar de como se sentiu no primeiro beijo. Não conseguiu encontrar o rosto dele entre os milhares que viu. Ela não conseguiu se lembrar de como era a sua respiração alta, e seu cheiro. Ela não sabia mais quem era a pessoa que tanto amou.
E ela sentiu saudade por se lembrar de como ela era feliz quando os dois ainda formavam um ''nós''. E chorou, pois agora ela sabia que o seu anjo havia partido de verdade.

sábado, 21 de maio de 2011

Milagres não acontecem aqui!

Divido-me entre as sílabas tristes da poesia real do mundo dos loucos egoístas, e as trovas felizes da surrealidade de meu mundo solitário...

E eis, que quando o relógio emparelha seus ponteiros à mostrar que já são seis da matina, e o gelo do mundo alcança meu rosto pálido, me estremeço por estar colocando os meus dois pés fora do calor de meus sonhos e de minha fantasiada vida feliz. Acordar não tem sido, nem de longe, o momento mais fácil de meus dias. Luto ferozmente para que meus olhos não se abram, para que meu sonho não seja rompido, ou pra que eu não comece a ver o teto branco.
O que é a vida real? O que é a minha vida real? É algo inexplicavelmente forte que me nocauteia, que me derruba ferozmente no chão. É algo que comprime meus ossos, meu peito, minha mente. É uma rotina assustadora que me lembra um filme de terror assistido de ponta cabeça, onde a minha poesia é solta através dos berros da musica de metal mais violenta. As flores que deveriam trazer felicidade, murcham dentro do vaso da mesa mais próxima. E o frio que deveria ser abortado com um abraço, continua aqui, congelando o que eu pensei um dia ser o sentimento mais bonito. A vida real tem sido um parque de diversões aterrorizante, com seus brinquedos quebrados, revirados.
Não é interessante acordar e perceber que está numa montanha russa descarrilhada, onde você esta preso por uma fina linha, prestes a cair de uma enorme altura. Não é interessante assustar-se com carrosséis, mas eles estão em labaredas. Não é bom abrir os olhos e estar dentro de um trem fantasma. Não é bom abrir os olhos.
Coloro sonhos desde o azul ao cor de rosa, mas aqui fora só há espaço para tons de cinza. Asseguro em meu mundo, a esperança de um dia me desprender dessa realidade que me perturba. Durante meus sonhos essa noite, esperarei por milagres. Mas milagres não acontecem aqui!

sábado, 11 de dezembro de 2010

"O tempo que nós tinhamos pra conversar, não foi suficiente pra eu te contar, sobre tudo que pulsava aqui dentro de mim." (Lucas Silveira)

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Super-tudo.

Talvez dissertar sobre a felicidade seja realmente mais dificil. Como transmitir aquilo que te toca de maneira tão especial, que te deixa delirando? As palavras sempre faltam pra descrever, nunca ninguém sabe dizer como foi ter aquela fagulha bonita e reluzente atravessando o peito. E talvez eu não possa transmitir isso também, como das outras vezes, como as outras pessoas.
Os trovões gritam la fora, a chuva começa a dar o ar da graça. Gota por gota. E eu continuo aqui, sem dar folga ao meu maior sorriso. É um vai-e-vem de sensações, dia e noite, mudança constante. Agora não posso deixa-lo mudar; essa minha sensação-predileta deve ficar aqui comigo, ajudando a compensar por todos os dias ensolarados que não pude sentir. Chove em mim, mas não deixa a chama se apagar. A fagulha foi tão forte, e me acertou de forma tão incrivel, que incendiou. Estou em chamas da cabeça aos pés, mergulhada na felicidade mais incrivel! Não arde, não queima, apenas me faz ter poderes para me sentir e ser a pessoa mais incrivel do mundo. Posso até dizer que sou a Mulher Maravilha, com meu avião invisivel, pronta pra salvar o mundo. Sou princesa, fada, anjo, doida. Sou o que eu tiver vontade de ser. Sou a felicidade em pessoa. Isso e aquilo. Me sinto assim, desde que no meu céu "inestrelado" vi passar algo bonito, colorido forte. E quando acordei, me senti assim. Feliz, incrivel, capaz. E eu não quero ser outra coisa além da garota-sorrisos. Eu quero continuar sendo a mulher-chama-de-felicidade!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Chuva e lágrima.

Não importa quantas vezes eu diga. Ando escrevendo apenas pra ver se o tempo corre mais depressa. Tem sido assim, não tenho mais vontade disso, nem de nenhum outro tipo de coisa. Faltam pensamentos e reações. Escrevo sobre o vazio, escrevo sobre a falta constante e a escuridão. E tem sido assim, dia após dia, durante meses. O pulmão contem fissuras, e não consegue compreender dentro de si o ar que eu preciso. Minha respiração anda alterada, rapida, e isso cansa, apesar de ser a unica coisa que tenho feito nesses ultimos dias. Tenho respirado apenas para sobreviver. As coisas estão andando sem um propósito, sem nexo.
A imaginação fluia muito bem antes do primeiro tijolo cair no chão. Tão rapido, tão estupido que não tenho inteligencia suficiente para compreender.
Tenho enxergado vultos, apenas. Cair da nuvem mais alta pode causar isso, sintoma normal. Devo ter quebrado algumas costelas também. Dai o motivo dos pulmões fissurados. O coração anda batendo lentamente, eu quase não o sinto. É bem estranho isso. Eu aqui, estirada no chão, sem conseguir me levantar.. e acho que ninguém consegue olhar pra baixo e enxergar isso. Mas porque enxergariam? Porque gostariam de me ajudar? Afinal de contas, quem escalou a montanha mais alta, quem quis passar por todos os obstaculos, quem subiu na asa do avião pra chegar naquela nuvem fui eu. Apenas. E por isso, devo e estou ciente da minha responsabilidade; ferimentos meus, tão meus que estou aqui deitada, respirando para sentir todos os angulos dessa dor dilacerante.
Queria focalizar meus olhos naquela nuvem outra vez, queria achar as causas da minha queda.. Talvez, ela tenha se desfeito em agua, na forma de chuva. Assim como eu tenho me desfeito em agua, na forma de lagrimas.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O meu impar.

Há pessoas que juntas formam pares.. Mas ela e eu somos impares, numeros que quando divididos saem quebrados, desiguais. É por isso, talvez, que não conseguimos mais ficar longe uma da outra. Por mais que as coisas mudem, o tempo passe.. por mais que se crie alguma distancia maior entre nós, ainda serão os mesmos olhares de compreensão, os mesmos sorrisos de gratidão, os mesmos abraços de compaixão, as mesmas lembranças. Ainda serão aqueles momentos inteiros, cheios de amor, carinho.
Impares porque conseguimos nos juntar através das nossas pequenas diferenças, e deve ser por elas, que ainda somos a união, talvez o 7, não sei. Deve ser pela diferença na forma de me tratar, pelo jeito como escreve bilhetes bonitos no meu caderno esquecido, deve ser porque voce é diferente de tudo aquilo que ja ousou aparecer na minha vida. Voce é simplismente melhor, melhor, tão melhor que chego a me perguntar se não é apenas uma ilusão. Voce é mais que o imaginado dentro daquele sonho de amiga, é mais que o que pensei que poderia ter. Voce, feita numa forma, desenhada contendo as qualidades que mais admiro nesse mundo! Com o sorriso do tamanho certo, e os braços que me rodeiam de uma forma perfeita através de abraços. É por isso que voce é a perfeita, o numero maximo que me completa e torna isso tão unico, tão indivisivel, tão indecifravel. A amizade dos sonhos, a amizade sem fim, a amizade que pra minha felicidade, é real. Voce, o meu numero da sorte. Voce e eu, impar.


EU TE AMO!

sábado, 2 de outubro de 2010

Dança.

Não posso dizer que será a ultima tentativa, pois eu sei, se não for daqui a dez minutos, eu vou tentar em outro espaço de tempo. Eu estou feliz, alguma coisa dando certo. A dança me causou isso. Minha pequena-grande-enorme atriz, a bailarina querida que desliza pelo palco contendo em mente sonhos tão bonitos! Voltas sincronizadas, o ar da felicidade me envolvendo a cada passo. Desculpe pelo atraso, boneca. Hoje eu chego sem demora, não há temporal lá fora, e eu ainda tenho um encontro com o tão querido amado. Essa engenhoca deve estar funcionando mais uma vez. Funciona/para, funciona/para. Esse intervalo, faz soltar faiscas devido ao atrito. E essas faiscas compõem a minha felicidade. Isso é só uma nota, pois eu não deveria deixar sensação tão saborosa passar por mim sem nenhum tipo de expressão. E então estão ai as palavras. Minhas queridas companheiras palavras! Boa noite de sábado a voce, estou indo coletar mais algumas faiscas que estejam perdidas por ai.

sábado, 25 de setembro de 2010

Identidade.

Eu nunca parei pra analisar em palavras aquilo que eu sou. Também não sei se seria capaz de tal coisa. É estranho passar aquilo que nem voce sabe o que é. Eu ainda não descobri quem eu sou, e acho que não vou descobrir isso até o meu ultimo suspiro. São tantas coisas que formam um ser; são tantos gostos, sensações, vontades, ideias, amores. É tanta célula pra formar um pedaço, é tanto osso que se junta na estrutura, são tantas batidas que impulsionam o sangue, que seria mais que impossivel dizer. No máximo, só se passa a superficie, a casca mais fina, as ideias mais básicas. É o "eu sou uma pessoa alegre, que gosta de rock, de fazer amigos e adoro os animais".. Em conceitos meus isso não é uma descrição, não se pode ser tão pouco, mesmo não sendo nada. E o que voce sente quando te abraçam? E o que voce acha do aquecimento solar? Porque prefere frio? E porque cebola te faz mal? Isso realmente não conta? As vezes isso é mais importante, é a parte que faz sua digital ser a unica no meio desse numero tão grande de pessoas neste mundo. E por isso não te podem definir, te colocar entre linhas e conceitos. Nem voce mesmo é capaz, voce ainda não descobriu milhares de coisas, voce ainda não sabe qual o sonho que vai te invadir essa noite. Voce ainda esta ai, só com meras conclusões. E sabe mais? A unica coisa que se pode dizer é que existe um universo dentro de cada pessoa, algo ilimitado, que se move através de sonhos, sensações e motivos. Algo indescritivel, enorme e fascinante. Eu sou, voce é, nós somos um campo minado, onde cada descoberta torna cada curva da sua digital a volta mais alucinante de todas.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Divina decadência da alma.


Escrever, escrever, escrever.
Não é mais uma simples maneira de descarregar aquilo que me sufoca, seja de feliz ou infelicidade. A alma grita por palavras, letras. Qualquer coisa que seja grafada, que tenha acentos, virgulas, pontos finais. Minha alma se acostumou com esse meu cantinho onde abandono as palavras que deixam minha mente exausta. E é quase impossivel passar sem esse meu desabafo diário. Seja qual for o assunto, seja amor, ódio, raiva, carinho. As palavras tem que sair, tem que ir pra algum lugar onde eu possa ler varias vezes depois do ultimo ponto. Essas minhas palavras se tornam simples quando lidas por outra pessoa, mas cada letra escrita possui uma enorme carga de sentimento meu. Cada linha, cada parágrafo, cada pedacinho é escrito através da minha alma, com a parte mais inteira de mim. Desculpe se lhe pareço exagerada em minhas palavras, desculpe se não sei coloca-las em uma ordem bonita, se não sei fazer textos interessantes.. Mas eu só escrevo assim porque é isso que o meu interior pede, implora. O vicio que tenho de palavras é grande, e quando paro para liberta-las, elas saem de forma aleatória, manchando de branco esse meu fundo preto. É assim, a divina decadencia da minha alma viciada por palavras. O meu português talvez incorreto me domina, faz com que meus dedos batam frenéticamente nesse teclado, faz com que no espaço de uma palavra para outra eu me sinta mais leve, mais calma. É a minha maneira de gritar ao mundo todas as dores que possuo, todos os amores que sinto, toda a saudade que guardo. As palavras ambiguas, a felicidade de um novo significado, o poder de convencimento que uma palavra possui. Sim, não, são apenas palavras sobrecarregadas de um sentimento intenso. São simples letras desenhadas através da linha da imaginação de uma garota que sonha, que teme. Isso é apenas o ponto final de um texto que expõe todo o sentimento de bem-estar que a escrita traz a mim.

domingo, 5 de setembro de 2010

Aos meus ♥

A felicidade vem devagar, vai chegando sorrateira, entra pelas narinas junto com o ar, leve. Quando a gente menos percebe ela esta lá, em tudo. Ela contamina, passa e torna tudo colorido. Pequenas coisas, por favor. A felicidade não é feita por uma chama de fogo, mesmo que essa chama saia de uma pequenina vela.. a felicidade é a faísca, a fagulha, o menor fragmento, a parte imperceptivel. A felicidade se encontra numa cadera que gira, num pote de sorvete ou numa fotografia. A função da felicidade? É simples.. ela consiste em te tornar tão leve a ponto de o ar conseguir te carregar para além das nuvens, faz com que não consiga deixar o sorriso ir embora, te torna a pessoa mais incrivel do universo.. e te faz amar. Amar com todas as suas forças pessoas que te causam boas sensações. Eu me sinto bem quando estou na companhia da felicidade. Não seria justa se dissesse que ela é uma "prima distante" que raramente encontro.. A felicidade, por incrivel que pareça, me cerca todas as manhãs; ela é trazida por pessoas bonitas que me fazem sorrir.. e a noite ela ainda volta me desejando bons sonhos através de uma senhora de cabelos brancos, uma moça de cabelos vermelhos, uma outra de cabelos mais longos e uma mulher que é linda. Todas elas brilham intensamente, e através desse brilho surgem as tais fagulhas de felicidade. É bom, é prazeroso ter tanta alegria, tantos anjos me cercando. Nem o arco iris contem as cores do meu mundo. Nada no mundo é tão contagioso quanto essa alegria. Nada no mundo pode me fazer tão bem quanto essas minhas queridas fagulhas. A minha mais pura felicidade!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

FLOR DE MARACUJÁ.

Um segundo, algumas lagrimas nos olhos da minha mãe e a certeza de que as coisas não estão tão bem assim! Um instante e eu senti meu peito rasgando de tanta dor. Sinto que meu coração começa a esfarelar, ele não aguenta tamanho medo, tamanha angustia! Não, porque isso? Porque essa hipotese? Eu não quero ver voce triste, amedrontada. Preciso lhe passar boas impressões, mesmo que seja tudo um mero teatro. Acredito e oro fervorosamente para que fique tudo bem! VAI FICAR TUDO BEM, escutou? Deus ainda está contigo, minha senhora. Ele nunca vai te deixar nem por um segundo.. "segura na Mão de Deus", não é essa a musica? Então nós vamos continuar fazendo isso. E vai ser mais facil, e a dor e a angustia vão passar, isso é só uma ideia mal formada e inutil. Voce esta bem, esta bem! E mesmo que agora o vazio que o medo me causa esteja me ferindo, vamos acordar amanhã e ver que foi um pesadelo, e que passou. Vamos vencer, todas juntas, de novo. Porque por pior que seja, nós somos fortes e vamos lutar quantas vezes forem precisas! Tudo o que nós passamos, todas as conversas, os conselhos.. todos os cafunés e as histórias da sua juventude vão me dar forças pra te passar boas energias, pra te acalmar, pra te fortalecer. Porque aquela palavra feia não nos assusta mais. Estou aqui pro que der e vier, MINHA FLOR DE MARACUJA!

Eu te amo além do que posso calcular, te amo mais do que o que minha vida me permite amar. A MINHA VELHINHA

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Meu conceito de MAGIA.


Na minha opnião, a magia existe não só dentro de filmes ficticios ou livros. Magia são sensações, coisas que acontecem sem uma explicação. A liberdade de escolha, as palavras, as flores, a delicadeza em que as nuvens são dispostas.. tudo isso pra mim é magia. Um doce, um banho quente e um pouco mais de atenção de uma pessoa querida.. deitar na grama, sentir os cabelos voando, a gargalhada inocente de uma criança.. tudo isso pra mim é magia. Magia que consegue transformar algo simples e pequeno no motivo maior de felicidade! Magia que esta presente naquilo que deixamos cair na rotina, mas que sempre desperta um calor dentro do peito, que causa sorrisos. Algo que te leva a emoções diferentes, que te faz ver que não é apenas agonia. Que te faz perceber que a felicidade não é algo inteiro, e sim fragmentos; fragmentos que surgem nesses momentos de magica, de alegria, de sorrisos.
Pra mim, magia não é algo que se lança através de uma varinha ou de poções magicas, e sim aquilo que te coloca em contato com a mais pura faísca de felicidade! Magia é um beijo, um abraço, algumas palavras adocicadas e um pouco de café num dia frio.. Magia é uma reunião no Natal, os fogos da virada do ano, é o estado de graça, é aquilo que te move, aquilo que te acalma. Magia é aquilo que te transforma na pluma mais leve sendo levada pela brisa da manhã sem um rumo certeiro.
Enfim, para mim, a magia não passa do mais puro amor.