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sábado, 21 de maio de 2011

Milagres não acontecem aqui!

Divido-me entre as sílabas tristes da poesia real do mundo dos loucos egoístas, e as trovas felizes da surrealidade de meu mundo solitário...

E eis, que quando o relógio emparelha seus ponteiros à mostrar que já são seis da matina, e o gelo do mundo alcança meu rosto pálido, me estremeço por estar colocando os meus dois pés fora do calor de meus sonhos e de minha fantasiada vida feliz. Acordar não tem sido, nem de longe, o momento mais fácil de meus dias. Luto ferozmente para que meus olhos não se abram, para que meu sonho não seja rompido, ou pra que eu não comece a ver o teto branco.
O que é a vida real? O que é a minha vida real? É algo inexplicavelmente forte que me nocauteia, que me derruba ferozmente no chão. É algo que comprime meus ossos, meu peito, minha mente. É uma rotina assustadora que me lembra um filme de terror assistido de ponta cabeça, onde a minha poesia é solta através dos berros da musica de metal mais violenta. As flores que deveriam trazer felicidade, murcham dentro do vaso da mesa mais próxima. E o frio que deveria ser abortado com um abraço, continua aqui, congelando o que eu pensei um dia ser o sentimento mais bonito. A vida real tem sido um parque de diversões aterrorizante, com seus brinquedos quebrados, revirados.
Não é interessante acordar e perceber que está numa montanha russa descarrilhada, onde você esta preso por uma fina linha, prestes a cair de uma enorme altura. Não é interessante assustar-se com carrosséis, mas eles estão em labaredas. Não é bom abrir os olhos e estar dentro de um trem fantasma. Não é bom abrir os olhos.
Coloro sonhos desde o azul ao cor de rosa, mas aqui fora só há espaço para tons de cinza. Asseguro em meu mundo, a esperança de um dia me desprender dessa realidade que me perturba. Durante meus sonhos essa noite, esperarei por milagres. Mas milagres não acontecem aqui!

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