Pesquise

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Flor...

Sobre essa história de "reta final" ficam náuseas, dores agudas e torturantes que dão vontade de cair de joelhos ao chão, roçar a cara no mármore frio para tentar esquecer. Sobre essas taxas altas e históricos ruins fica uma certeza que invalida a alegria da alma. Sobre essa flor encantada do mais belo ramo fica o medo. Fica a angustia, o sofrer, o não querer deixar, o querer voltar atrás. Fica a vontade de construir gigantescas máquinas do tempo e nos enfiar nelas, flor. Eu, você e todos os teus amores. Fica a vontade de estar lá e não ver tuas pétalas a murchar. Deitar em teu colo, respirar teu aroma delicado do campo. Fica a vontade de ter a cura pras tuas pétalas,ter a cura pro teu caule, pras tuas folhas. Fica a vontade de te levar pra ver o mar! Ficam dúvidas e dores... não me deixe nunca, querida flor.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Estou louca pra te ver chegar...

...estou louca pra te ter nas mãos, pra te ter nos dedos, pra ter ter no olfato, nos ouvidos e ainda mais no peito. Estou louca pra ter o coração saindo pela boca e a estranha sensação de ver os olhos verdes metidos a besta. Estou louca pra poder chegar. Estou louca pra me sentir presa no abraço, nas mãos, nos dedos. Estou louca pra estar no olfato, nos ouvidos e no peito. Estou louca pra ser a menina, estou louca pra ter o rapaz, o meu rapaz. Estou louca, e simplesmente isso. Louca pelo jeito, pelas palavras, pelas histórias. Louca por um futuro nada certo e muito bem porém, perfeito. Estou louca por isso, pra isso, com isso. Você veio na hora certa né? Veio pra isso, pra me deixar assim, ainda mais louca, totalmente louca por ti.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Sobre o tempo que se foi...

O problema é essa alma, é essa alma-dor tão e tão dolorida que até soa na carne, no verso, no peito. Dói até refletir esse muito nos ossos, na pele, nos fios de cabelo. Dói na musica que se ouve e na cena que se vê. Dói uma dor aguda, fina e forte. Uma dor irreversível dos anos luz de desapego. Dói uma dor de não brincar nos cabelos loiros, de não correr no porão, de não saber dos recém-cheiros-cores. Dói. Essa dor que dilacera é de Nick, de cadeiras, quartos e corredores esquecidos na lembrança. Só, só e só lembranças. Agora são quartos e corredores repintados e reformados e ouso imaginar-me por lá... mas é só, me imaginar por todos esses anos a correr naquele quintal, naquele sótão, naqueles cabelos loiros... Imagino e me estraçalho por não ter podido fazer nada quanto a areia da ampulheta que corria contra meu favor. Dói não ter percorrido cada vinco da face, cada história talhada nas rugas, nas mãos, no peito. Dói...