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quinta-feira, 21 de julho de 2011

Depois...


E o tic-taquear do relógio nessa noite de domingo frio me lembra que talvez você apareça dentro de intermináveis quarenta e nove minutos.
Estive pensando bastante em você durante o dia. Na verdade, estive pensando bastante em você nesses últimos meses. Mas eu estava me encolhendo por detrás do escudo de ilusões que eu criei durante a minha outra batalha. Não adiantou muito, afinal sei que a decepção é inevitável. Então me rendo. Apenas isso: me rendo aos seus olhares, aos seus sorrisos, ao seu abraço, ao seu jeito, aos seus pedidos, a sua magia. Me rendo a você. Me rendo a tudo aquilo que eu evitei, mas que de uma forma improvável, veio até mim.
Quando abri os olhos hoje mais cedo, percebi que estou atrás da porta que disse que nunca iria entrar. É estranho o fato de que eu não sinta vontade alguma de sair daqui. Não é fácil deixar toda a dor pra trás, afinal, eu estava acostumada com a presença dela... por mais incômoda que fosse. Mas fico feliz por estar livre agora, pois posso lutar, me arriscar. Portanto, estou pronta para ir atrás de uma possível luta muito difícil. Não possuo mais medo de não retornar bem para casa, eu tenho apenas o medo de ficar aqui até a hora de vê-lo indo embora sem nada fazer. Eu não suportaria isso, sei o quanto dói.
Então agora vou vestir minha armadura, colocar no meu peito toda a coragem existente. E te mostrar que posso me arriscar a perder tudo, menos a sua presença aqui...
Porque eu te amo, e não aguentaria sentir novamente o frio de ficar sózinha.

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